Fanfic 6


"Everybody sees it's you
I'm the one that lost the view
Everybody says we're through
I hope you haven't said it too
So where do we go from here
With all this fear in our eyes
And where can love take us now
We've been so far down
We can still touch the sky
If we crawl
'Till we can walk again
Then we'll run
Until we're strong enough to jump
Then we'll fly
Until there is no wind
So lets crawl
Crawl, crawl
Back to love, yeah
Back to love, yeah..."


Rachel PDV


Revirei-me inquieta na cama, meu corpo estava dolorido e os tubos na minha boca e nariz me incomodavam, o barulho do “bip” também não era a coisa mais agradável de escutar.
Suspirei derrotada, era incrível como eu me sentia completamente idiota, pode parecer até draminha clichê de filme americano, mas é exatamente no fim da vida que tudo começa a passar como um filme diante de seus olhos, quando você se da conta de que tudo podia ser diferente.
E era exatamente isso o que eu pensava, em como tudo podia ter sido diferente do que foi.
...
E ali estava eu, uma romântica incurável.
Uma boba apaixonada que acreditava em príncipes encantados e contos de fadas.
Esperando meu amor, completamente sozinha, em pé no meio da estrada, mas ele não veio.
Ele nunca viria.
Meu coração fraco e iludido ainda se recusava a aceitar que ele tinha partido, tinha ido cumprir seu destino, e que muito possivelmente nunca mais eu o veria.
Foi então que me perguntei por que eu ainda teimava a acreditar que a qualquer momento ele apareceria ali, com seu reluzente Range Rover procurando por mim.
Talvez por que eu somente não tivesse perdido a única coisa que ainda me restava, o fôlego.
Enquanto eu respirasse iria esperar por ele, a cada segundo, a cada minuto meu coração continuaria a bater pela falha esperança de vê-lo outra vez.
...
Bom, posso afirmar que sim eu ainda o amo, mas não tenho a pretensão de encontrar Justin Drew Bieber outra vez, seja lá onde ele estiver.
Afinal de contas o tempo passa, e as pessoas mudam.
Ele mudou, eu mudei.
No auge dos meus 16 anos eu sonhava em ficar com Justin pra sempre, ele era meu melhor amigo, meu grande amor, tínhamos planos juntos, e nos amávamos intensamente, nem mesmo a distância dos estados em que morávamos impedia nosso amor.
Mas algo não estava nos meus planos.
A fama.
Eu sempre soube que Justin tocava e cantava extremamente bem, aliás eu era sua fã número um literalmente, éramos amigos a muito tempo e eu sempre ajudei ele a gravar os vídeos, mas nunca imaginei que o negócio seria tão estrondoso quanto foi, de repente ele já tinha um empresário e estava indo pra Atlanta, e no dia seguinte seu nome estava em todos os jornais e revistas.
Nascia assim um novo astro.
Eu ainda tentava viver uma vida normal, mas tudo começou a mudar, era inevitável, Justin deixava de me ligar por conta de entrevistas, deixava de me ver ou encontrar pois tinha premiações, shows, ensaios e gravações, com o tempo Justin Bieber de namorado perfeito virou praticamente um desconhecido.
E isso só machucava mais e mais nós dois.
Nunca fomos de brigar, por incrível que pareça, mas quando ele estava no auge da sua fama tudo mudou, nunca nos encontrávamos, e quando nos encontrávamos discutíamos e brigávamos, falamos e fizemos coisas um pro outro que não deveríamos.
...
– Você é um filho da mãe imbecil, canalha como pode me deixar sozinha pra ir em um “premiaçãozinha” com aquela idiota!?
Gritei sentindo as lágrimas chegando, meu coração estava acelerado e meu corpo enfurecido, Justin não estava diferente, seus olhos estavam transbordando raiva, mal conseguia lembrar de que algum dia os mesmos olhos já foram doces e ingênuos.
– Imbecil é você sua vadia, quem você pensa que é pra falar comigo?
Justin gritou dando um tapa na minha cara, caí sentada no chão incrédula com a mão no rosto, eu estava assustada, com medo e dor, não dor física pelo tapa, mas meu coração doía, sangrava, como ele podia falar e fazer coisas assim?
– Eu...eu...
Ele tentava dizer mas nada saia, ele me encarava assustado com o que acabara de fazer, ele tentou se aproximar, mas me afastei rapidamente batendo as costas na parede parecendo um cordeiro morrendo de medo, e as lágrimas já corriam livremente.
– N-não encosta em mim!
Falei me encolhendo enquanto tremia assustada, vi as lágrimas rolarem por sua face angelical agora mais calma e menos vermelha de raiva.
– Rachel me perdoa, eu...
– Para! Eu vou..eu vou embora!
Gritei pegando minha bolsa e saindo correndo pelos corredores, assim que entrei no elevador caí sentada no chão, tudo tinha desabado, tudo.
...
E esse tinha sido apenas o começo do fim.
Era incrível como que com o passar do tempo mais tínhamos a incrível habilidade de nos magoarmos, depois daquele momento horrível eu corri pra casa, minha mãe tinha viajado e então estava completamente só, sozinha
Me lembro que eu simplesmente me joguei no sofá da sala e deixei as lágrimas caírem livremente, eu já não tinha mais o que esconder.
...
Foi então que me perguntei por que estávamos sendo tão estúpidos com nós mesmos, destruindo tudo que levamos tanto tempo pra construir, destruindo nossa admiração, nossa história, nossas lembranças, o nosso amor.
E acima de tudo nossa amizade de tanto tempo, tínhamos mudado completamente um com o outro, e talvez fosse tarde de mais pra voltar e concertar os erros.
Foi então que ouvi batidas na porta, Jane.
Era incrível como minha meia-irmã surtada sempre esquecia as chaves da casa, sem me dar o trabalho de limpar as lágrimas levantei de mal humor indo abrir a porta.
Mas não era Jane.
Quem dera fosse ela.
Mas não, era ele, me encarando com seus grandes olhos cor de mel marejados, vacilei.
– O que você quer aqui?
Falei rígida e receosa, meu rosto ainda ardia me lembrando de tudo o que ele havia me feito.
– Rach, me...perdoa, eu sou um imbecil, um idiota, um filho da mãe, tudo de ruim, eu sou um ogro por ter te dito aquelas coisas, e me odeio mais ainda por ter...te dado um tapa.
Ele falou deixando as lágrimas escorrerem, virei meu rosto fechando os olhos fortemente.
– Era isso?
Falei fria, sem o encarar, o silêncio reinou entre nós.
– Então adeus.
Falei fechando a porta, mas Justin colocou sua mão na porta me impedindo de fechar, me encolhi com medo do que ele iria fazer.
– Eu tenho nojo de mim mesmo por isso, tenho nojo que você sinta tanto medo de mim, como se eu fosse, como se eu pudesse, fazer algo pra você, eu fui um completo estúpido, mas nunca duvide que eu te amo, eu sempre te amei, e Rach não podemos deixar tudo desabar, me ajuda a resgatar o velho Justin, me ajuda a voltar ao que éramos.
Não disse nada no momento, estava absorta em meus pensamentos, absorvendo cada palavra que ele dizia, mesmo tento mudado tanto eu conhecia bem Justin, ele esta falando a verdade, estava falando com o coração, ele sempre foi sincero.
– Eu, eu não sei...
Falei fechando minhas mãos em punho e mordendo os lábios fortemente.
– Rach, eu te amo.
Ele falou me encarando com aqueles grandes olhos castanhos, puxei meu braço pra trás e voltando com tudo, dando um belo soco na cara dele, Justin cambaleou pra trás colocando a mão no nariz.
– Você é um filho da mãe imbecil mesmo, mas é o meu imbecil.
E então seus lábios salgados pelas lágrimas e pelo sangue que agora escorria do seu nariz se encontraram nos meus outra vez.
E lá estávamos nós de novo.
...
Nosso romance nunca foi normal, mas depois daquele dia, Justin e eu nunca mais brigamos, ele tinha sim mudado pra melhor, mas o problema era outro, ele não tinha mais tempo pra mim, 
ele tinha de partir.
Uma vez minha mãe me disse que tudo na vida passa, que amores vão e vem, que não devemos nos prender as pessoas, mas era simplesmente inevitável não amar Justin Drew Bieber, o garoto mais perfeito do mundo.
Seu sorriso simplesmente me prendia, e seus beijos me hipnotizavam, e lá estava eu outra vez, uma boba apaixonada.
E eu sempre seria isso, uma boba apaixonada, que morria de amores por aquele garoto de uma pequena cidade do Canadá, o garoto que virou um astro, o garoto que partiu meu coração sem a mínima piedade.
Não posso negar que eu estava feliz que tínhamos voltado, pois afinal de contas, apesar de tudo eu o amava, e faria qualquer coisa por ele, mas com o passar do tempo comecei a notar, que talvez ele não estivesse tão disposto a fazer qualquer coisa por mim tanto quando eu estava por ele, ou talvez somente não tivesse escolha.
...
– Por que não me ligou? Fique preocupada.
Falei o abraçando, Justin apenas deu de ombros.
– Scooter me proibiu de falar com você.
Falou suspirando, o encarei incrédula.
– Como é? Scooter te proibiu de falar com a sua namorada da qual você não vê a dois meses?
Perguntei sentindo a raiva me dominar, nosso romance parecia evaporar no ar, cada vez mais uma enorme parede parecia ser construída entre nós, e então cada vez mais eu não reconhecia aquele garotinho de Stratford que eu tanto amei.
– Rachel por favor tenta me entender, eu simplesmente não tenho tempo pra mais nada, é tanta pressão, me sinto sufocado, parece que a qualquer momento vou explodir, não sei o que fazer!
Ele falou colocando as mãos na cabeça, acariciei seu rosto sentindo as lágrimas virem.
– Vai...vai dar tudo certo ok? Não se preocupa.
Falei o abraçando, mas eu sabia, não estava nada bem, mas o que eu não fazia por aquele garoto? Ainda que me matasse por dentro eu não iria opinar em nada na vida dele, se ele tivesse de parar de falar comigo por anos eu não me importaria, Justin pra mim estava a cima de tudo.
E ele estava mesmo, eu só queria vê-lo feliz, e ele estava, realizando seu sonho de tanto tempo, vivendo a vida aos extremos, e eu realmente não me importava de ficar sozinha, somente o assistindo ser feliz pela TV, só de vê-lo sorrir o mundo ficava dez vezes mais bonito, dez vezes mais colorido.
E eu dez vezes mais apaixonada.
Mas como tudo, o que tínhamos também teve um fim, um fim horroroso, Justin quebrou meu coração em pedaços, e nem ao menos se importou com isso.
...
– Acabou.
Ele disse me encarando frio e sério, vacilei, meu coração se apertou e eu senti as lágrimas vindo com a incredulidade.
– C-como?
Perguntei ainda não acreditando, aquele definitivamente não era o meu Justin.
– Acabou Rachel, tenho que viver minha vida, meu sonho, e Jasmine é melhor pra mim.
– Por que ela é famosa?
Perguntei completamente arrasada, eu estava me sentindo um lixo.
– Sim, Scooter acha que é bom pra minha carreira, que isso vai ser melhor, Rach eu te amo, mas entenda, é o melhor.
Ele falou fechando os olhos fortemente, não pude acreditar, aquela vadia nunca seria metade do que eu sou pra ele, ela não desistiria de tudo como eu fiz, não perdoaria, não amaria, não faria tudo por ele, como eu fiz.
– Você é um imbecil mesmo, só fama, fama, fama, esse não é o Justin que eu conheço, não é mesmo, e se esse Justin é o cara com quem eu iria ficar te agradeço por terminar comigo, pois esse Justin é um imbecil!
Falei olhando com nojo pra ele, me virei saindo correndo de lá, eu tinha que o odiar com todas as minhas forças.
...
Mas eu sabia que isso era impossível, eu continuaria o amando.
Foi então que me perguntei se eu pudesse mudar tudo o que teria acontecido, se eu tivesse dito pra ele não ir pra Atlanta quando ele insistiu em ficar comigo, o que teria acontecido se eu não tivesse feito tudo por ele, talvez ainda estivéssemos juntos, talvez eu não estivesse agora em um hospital, esperando a morte chegar, por que quando eu precisei dele, ele não estava lá.
Justin sempre soube que eu tinha uma doença rara e mortal, que a qualquer minuto eu poderia ter uma recaída, mas a uma hora dessas ele deveria estar em um cruzeiro com Jasmine, nem deve se lembrar que um dia eu existi.
– Senhorita Adams?
A enfermeira perguntou me encarando, respirei fundo tentando abrir os olhos para encará-la, mas a luz era forte demais.
– Tem uma visita pra você, um garoto, ele está descontrolado, louco pra ver a senhorita, vou deixá-lo entrar.
Falou sorrindo e saindo porta a fora, pisquei várias vezes sentindo a vertigem voltar, foi então que ele parou na porta do quarto, me encarando com seus olhos marejados, com uma rosa vermelha, minha favorita, em sua mão.
E ele estava lá, com seu sorriso de tirar o fôlego, um eterno conquistador.
E eu estava aqui, com o coração acelerado, uma eterna boba apaixonada.
Justin veio até mim me dando um beijo na testa.
– Rach, como você está? Eu me sinto tão idiota, fiquei tão preocupado, você vai ficar bem? Não pode partir meu amor, não sem antes me perdoar, não antes que eu te diga o quanto eu te amo, e quanto me arrependo por tudo, você foi minha vida Rach, e nenhum segundo sequer parei de pensar em você, achei que estava fazendo as coisas certas, e acabei te afastando de mim, te magoando, e eu me odeio tanto por isso.
Falou encarando suas mãos, vi as lágrimas caírem do seu rosto, desejei ter forças suficientes pra levantar a mão e confortá-lo.
– Eu te amo Rach, e quando você sair daqui tudo vai ser diferente, já mudei tudo, acabei com a Jasmine, já demiti o Scooter, agora tomo minhas decisões, e eu escolho você, sempre vou escolher você.
Eu preciso de mais uma chance, nós ainda podemos ter tudo.
Falou entrelaçando nossos dedos, fechei os olhos respirando fundo, como eu queria dizer que eu já tinha o perdoado a muito tempo, que eu ainda o amava muito.
Ele se agachou aproximando seu rosto, senti meu coração bater a mil por hora, o bip da máquina me entregava, fechei meus olhos e ele deu um beijo na ponta do meu nariz, sorri fraco.
Estávamos rastejando de volta pro amor, e como sempre, no final pertencíamos um ao outro, pois apesar de tudo, ele ainda era a melhor coisa que já foi minha.


"...Why did I change the pace?
Hearts were never meant to race
I always felt the need for space
But now I can't reach your face
So where are you standing now
Are you in the crowd of my fault
Love, can't you see my hand?
I need one more chance
We can still have it all
So we'll crawl
'Till we can walk again
Then we'll run
Until we're strong enough to jump
Then we'll fly
Until there is no wind
So lets crawl
Crawl, crawl
Back to love, yeah
Back to love, yeah"








Gostaram?
Essa Fic nao é minha (: 
Creditos : MelBieber

Um comentário:

  1. unica que chorei e muuuuito, eles ficam juntos né? ela vive?

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