Fanfic 7


“...I was made to believe I'd never love somebody else


I made a plan, stayed the man who can only love himself


Lonely was the song I sang


'Til the day you came


Showing me a another way and all that my love can bring


Oh, half of my heart's got a grip on the situation


Half of my heart takes time


Half of my heart's got the right mind to tell you that I can't keep loving you


Oh, half of my heart


with half of my heart


Your faith is strong


But I can only fall so far so long


Time to hold, later on


You will hate that I never gave more to you


than half of my heart


But I can't stop loving you


But I can't stop loving you


But I can't stop loving you...”


John Mayer – Half of my heart




Anne PDV


Fechei os olhos e então deixei uma lágrima cair, o vento bateu gelado contra o meu rosto voando longe e levando com ele as dores do meu coração partido, meu coração partido que mesmo machucado ainda batia incansavelmente por ele, o meu solitário defeituoso garoto perfeito.


2 HORAS ATRÁS...


Casamento.


Muito incrivelmente pra muitas garotas da minha idade essa palavra é um sonho realizado, sim há muitas que acham que com 16 anos isso não é lá a coisa certa a se fazer, bom talvez as condições que eu me encontro sejam mais favoráveis, afinal o noivo é especial, Justin Drew Bieber, o garoto da minha vida, e provavelmente o garoto dos sonhos de bilhões de garotas no mundo inteiro.


Como falei anteriormente, casar pra muitas é como um sonho realizado, no meu caso um sonho de criança, não que eu tivesse bons exemplos, pois na realidade eu nunca tive, meu pai foi embora assim que soube que a mamãe estava grávida, e desde lá ela já se casou 8 vezes, sim 8 vezes.


E eu sempre estava lá, vendo à decoração, o vestido, as flores, a igreja, desde a lista de convidados até a cor do lacinho do bem-casado.


Mas apesar de ver as desilusões amorosas da mamãe, e ter que juntar os pedaços do seu coração ferido eu nunca desisti do amor, eu sabia que ele existia, sabia que um dia eu o encontraria, e sabia também que a minha mãe somente se enganava, pois ela sabia o que era amor, ela tinha amado de verdade sim, meu pai, mas ele quebrou seu coração em pedaços, aliás como a maioria costuma fazer.


Aliás apesar dela se casar tantas vezes ela também sempre me disse que o casamento é o fim do amor, mas eu nunca acreditei, ele é o fim da paixão, mas do amor, nunca.


Talvez por isso eu estivesse tão preocupada, não que eu não amasse Justin, pois sim eu o amava, mais que a mim mesma as vezes, mas é que eu não podia mentir, enganar a mim mesma, vivíamos em mundos diferentes, éramos muito diferentes, e eu não nasci pra amar de verdade, sim eu sempre acreditei que existia, mas nunca acreditei que eu poderia viver um amor de verdade, ou melhor, que eu era digna de amar de verdade.


Eu tinha quase que um plano, amar a mim mesma, criar uma bolha do mundo exterior, como uma válvula de escape da verdade, pra que de algum modo meus lindos sonhos de criança não pudessem ser destruídos pela realidade obscura.


Mas foi então que eu o conheci, em mais um casamento, desta vez não era da minha mãe, era da minha tia, e o noivo era guitarrista de Justin Bieber, foi aí que nossa história de um romance um tanto estranho e engraçado começou.


Foi tudo tão sutil e de repente, quando vi Justin estava ajoelhado no meio da praça de alimentação do shopping me pedindo em namoro, aliás ele as vezes é tão escandaloso, como na vez que me pediu em casamento, o que foi a exatamente quatro semanas.


***


– Cara não acredito que eu conheci a Lady Gaga! - Falei com a boca ainda aberta de espanto, Justin gargalhou ao meu lado.


– Pois é, e ela deve ter te adorado, afinal como não te amar? - Disse sorrindo abertamente, meu coração acelerou e ele me puxou pra mais um beijo.


– Hey parem de se engolir aí, Justin é agora irmão!


Usher falou animado, eu e Justin fizemos careta olhando pro palco, cruzei a pernas apertando mais ainda a mão do Justin, as vezes eu ficava mais nervosa que ele, mas hoje estava mais nervosa que o normal, afinal ele tinha praticamente exigido que eu subisse ao palco com ele, e bom eu sabia que meu vestido bebê tomara que caia com babados e minha jaqueta de couro preta que ia somente até abaixo do busto não podia competir com o vestido de cupcakes da Katy Perry.


– E o artista do ano vai para...


Beyoncé, sim a própria diva pelo qual Justin tem uma paixonite, falava no microfone, meu coração acelerou e eu cruzei os dedos.


– ...JUSTIN BIEBER!!!! - Ela gritou sorridente, Baby começou a tocar e todos a baterem palmas, Justin sorriu se levantando e me puxando com ele, sorri ainda meio assustada, subimos no palco e Beyoncé nos abraçou entregando o premio a Justin.


– Nossa, o que dizer? Nunca imaginei que iria ganhar, mas obrigado, a todas minhas fãs, a minha família, aos meus amigos, ao meu mentor Usher, vocês são de mais! Mas eu queria agradecer a alguém especial, por isso pedi pra ela subir aqui, queria agradecer a minha namorada Anne, ela sempre me ajudou e apoiou, até escreveu algumas músicas do meu próximo CD!- Ele falou sorrindo orgulhoso me abraçando de lado, todos bateram palmas, mas ele pediu silêncio, o olhei confusa- Eu sei que vocês provavelmente querem me bater, mas vou ser breve juro, só quero fazer uma coisa- Ele disse se virando pra mim e pegando a minha mão- Anne, você é a pessoa mais especial da minha vida, você é divertida, engraçada e bonita, você me ama pelo o que eu sou, não por quem eu sou, você faz meu dia mais feliz e minhas tardes mais maravilhosas, e cada momento que vivemos foi único, especial e inesquecível, posso estar adiantando muito as coisas, afinal somos jovens ainda, mas acho que se eu não perguntar isso vou ter um ataque- Ele falou se ajoelhando a minha frente e tirando uma caixinha de veludo do boldo do terno, arregalei os olhos colocando a mão na boca, todos no salão fizeram um “oooh!”- Anne Aqua você aceitar casar comigo?


E então o sentimento foi indescritível, meu coração batia forte e descompassado extasiado de emoção e alegria, dei o meu melhor sorriso sentindo as lágrimas caírem.


– Sim!


Falei abraçando ele, que sorriu aliviado colocando o anel no meu dedo, nos beijamos e então todos bateram palmas e assoviaram.


***


Sorri torto, no outro dia em todos os lugares só se falava no pedido de casamento que Justin tinha me feito no meio da premiação em rede mundial.


– No que você está pensando?– Amy perguntou colocando sua mão em meu ombro, suspirei.


– Isso é certo de verdade? As vezes parece que estamos atropelando tudo, todas as etapas, as vezes tenho medo de acabar como...como a mamãe.


Falei abaixando meu rosto, a insegurança então me atingiu em cheio, eu sabia o quanto amava Justin, mas eu tinha certeza de quanto ele me amava? E como eu poderia ter certeza que não acabaríamos ferindo a nós mesmos?


– Não pense nisso Ann, vocês se amam tanto, tem uma vida pela frente.


Amy falou com um sorriso encorajador, suspirei a encarando.


– Essa é a questão entende? Ele tem uma carreira, uma vida, por que afinal ele me amaria? As vezes acho que isso é a penas um sonho que vou voltar a seis meses atrás onde eu era uma simples garota da Califórnia. - Falei mordendo o lábio inferior, afinal eu podia fazer uma lista de suas qualidades:


Seu cabelo brilhoso com aquele charmoso tique de jogar o franjão pro lado.


O seu sorriso lindo, que fazia meu coração acelerar e minhas pernas bambearem.


O jeito como ele conseguia mandar cantadas com um ar sexy e continuar sendo fofo e carinhoso.


O jeito como ele me amava mesmo muitas vezes eu sendo uma vadia chata, o que aliás me fazia o amar mais ainda.


E até mesmo como ele era perfeito até mesmo em todos os seus defeitos e imperfeições.


E isso era somente uma parte da enorme lista do meu defeituoso garoto perfeito.


Pra minha surpresa Amy revirou os olhos bufando, e então me deu um leve tapa na testa.


– Se liga, você está CASANDO com JUSTIN BIEBER, quantas garotas queriam estar no seu lugar, hum? Então para de pensar em besteira e termina de se arrumar logo, vou estar te esperando lá fora.


Ela disse me dando um abraço breve e saindo do quarto, caí sentada na cama e encarei meu grande vestido branco com pequenos cristais no enorme espelho a minha frente, e então meu coração se apertou e eu me achei uma completa idiota.


– “You think I'm pretty without any makeup on,


You think I'm funny when I tell the punch line wrong,


I know you get me so I let my walls come down, down...”


Sobressaltei com o meu celular tocando, uma chamada perdida, número desconhecido, suspirei, por que tudo era sempre tão complicado?


– Filha, posso entrar? - Mamãe perguntou na soleira da porta, somente sorri fraco olhando pra baixo, senti o colchão ao meu lado afundar, mamãe colocou sua mão sobre a minha e eu levantei meu rosto pra encará-la.


– Você tem certeza? – Ela perguntou passando a mão nos meu rosto.


– Eu tinha, mas é que agora é meio...


– Complicado?


– É. - Disse sentindo as lágrimas traiçoeiras chegando.


– O que houve?


Ela perguntou me encarando, mordi o lábio inferior lembrando de três dias atrás.


– Bom...


***


– Você não vai pegar!


Falei escondendo o algodão doce nas minhas costas, Justin sorriu correndo na minha direção.


– Haha, não! - Falei saindo correndo pelo parque florido.


– Você é muito egoísta! Volta aqui! - Ele gritava enquanto ríamos feito loucos, mostrei a língua pra ele e no mesmo momento tropecei em uma pedra caindo no chão e puxando Justin comigo, rimos juntos, quando ele finalmente roubou o algodão doce de mim.


– Somos anormais.


– Você acha?


Falei fazendo graça, rimos juntos, ele pegou minha mão e ficamos ali vendo as nuvens incrivelmente brancas na imensidão azul.


– Você está ansiosa? - Ele perguntou quebrando o silencio, sorri torto.


– Eu diria nervosa, foi tudo tão rápido, e sei lá, somos tão jovens.


Falei sincera me virando pra encará-lo.


– Eu também tenho pensado nisso, de como tudo vai mudar.


Ele falou suspirando e sorrindo fraco.


– Não vamos pensar nisso agora, afinal você está me devendo um sorvete já que roubou meu algodão doce!


Falei me levantando e mudando de assunto, Justin sorriu pegando minha mão, mas no fundo eu sabia, nenhum de nos dois tinha certeza do que viria a seguir, e tínhamos medo.


***


– Bom, se vocês tem tanta insegurança por que vão casar?


– É complicado mãe, talvez tenhamos sido precipitados, mas quando Justin me pediu em casamento eu só pude dizer “sim”, eu o amo mais que qualquer coisa, e quero muito estar junto dele, mas o problema é que de uns dias pra cá ele entrou em uma nova turnê, e as coisas realmente mudaram.


Falei a encarando, mamãe deu um leve sorriso.


– Não se preocupa, sei que vocês vão fazer a coisa certa, e eu sempre estarei aqui pra te ajudar, e se lembre filha, você não precisa cometer os mesmos erros que eu. - Ela disse me dando um beijo na testa.


– Eu te amo mãe.


– Eu também te amo filha, muito, até mais. - Ela disse saindo e fechando a porta, foi então que a suas palavras ficaram martelando na minha cabeça.


Mesmos erros.


Então que a onda de insegurança e medo me pegou de jeito mais uma vez, ele...ele não seria capaz de me deixar, não é?


Seria?


Olhei no relógio da cômoda, faltavam menos de 20 minutos, revisei toda minha roupa e respirei fundo caminhando em direção da limusine.


– Está linda amiga. - Amy falou me entregando o buquê de flores, sorri.


– Obrigado.


– Está mesmo, boa sorte.


Mamãe disse me dando um beijo, sorri entrando na limusine e então o motorista partiu, enquanto andávamos pelas ruas de NY me lembrei de como vim parar aqui.


De um jeito muito diferente eu e Justin tivemos nosso primeiro encontro, durante o que era pra ser um simples passeio no shopping acabou se tornando um grande tumulto, onde além de quase quebrar minha perna eu o conheci de verdade, e de um jeito também diferente Justin me convidou pra tomar sorvete em pleno inverno americano, de como eu ri quando ele falou isso, afinal estava até nevando, mas foi então que eu aceitei e quando vi já estava completamente apaixonada por aqueles grandes olhos cor de mel de um garoto completamente bonito e fofo.


[...]


Olhava pela janela o tempo fechando, e logo que passamos pela rua dezessete com a nona, me lembrei do nosso lugar, onde sempre iríamos pra fugir dos nossos pais e até dos paparazzi, e uma onda de nostalgia veio me massacrando, foi nesse exato momento que lembre da frase da mamãe.


“...E se lembre filha, você não precisa cometer os mesmos erros que eu.”


Foi então que me perguntei se não destruiríamos tudo o que construímos, cada segundo, momento, cada sorriso e cada beijo dado, me perguntei se como minha mãe ele não seria destruído pelo ódio, me perguntei se éramos capazes de criar um vida logo agora, quando as dúvidas estão em nossas cabeças, quando nada é certo e quando mudamos, quando queremos curtir e ser felizes, me perguntei se de algum modo eu não estaria acabando com o sonho dele, e então eu me odiei, eu não podia fazer isso, não eu não podia.


Para! - Gritei atordoada, o motorista me olhou espantado.


– Por favor para o carro!


– Mas...


– Para!


– Ok, calma! - Ele falou parando o carro no meio da rua mesmo, segurei a barra do meu enorme vestido e saí do carro correndo, ignorando os tropeções por causa do salto alto ou as pessoas me encarando eu corri o mais rápido que pude até chegar ao final do quarteirão, me encostei nas grades arfando, peguei meu celular com as mão tremulas e digitei a mensagem sentindo meu coração se quebrando aos poucos e as lágrimas vindo.


“ Me desculpe.”


E então mandei as simples duas palavras, eu não tinha coragem de escrever qualquer coisa que fosse.


Fechei os olhos e então deixei uma lágrima cair, o vento bateu gelado contra o meu rosto voando longe e levando com ele as dores do meu coração partido, meu coração partido que mesmo machucado ainda batia incansavelmente por ele, o meu solitário defeituoso garoto perfeito.


Minha respiração estava descompassada e agora as lágrimas caíam livremente pelo meu rosto, tirei meus sapatos e comecei a correr até o teatro abandonado.


Levantei as grades e entrei correndo nele, o silêncio mortal era reconfortante, caminhei pelo corredor entre as poltronas velhas a caminho do palco, subi as escadas e fui até o piano, me sentei no banquinho a me deitei sobre a teclas do piano preto reluzente e então deixei o tempo passar, quem sabe ele não arrumasse as coisas.


– ANNE! - Ouvi sua voz melodiosa gritar na entrada do velho teatro fazendo eco, senti meu coração acelerar e levantei o rosto, Justin começou a correr até mim, completamente molhado por causa da chuva forte que deveria estar caindo lá fora, e devo dizer ele estava completamente lindo naquele terno.


– Justin me perdoa, eu...


Mas ele não deixou eu terminar, somente selou nossos lábios em um beijo avassalador, e nada mais precisou ser dito ,aquele simples beijo me deu todas as respostas pra minhas perguntas receosas.


Eu sempre soube que havia tantos jeitos diferentes de dizer há alguém que o ama, havia diferentes jeitos de amar essa mesma pessoa intensamente, mas eu nunca pensei que haveria tantos diferentes jeitos de fazer escolhas certas que eram tão erradas, ou talvez escolhas tão erradas que de algum modo acabaram dando certo.


– Me desculpa, acho que nos precipitamos, cara somos jovens, e há tantos jeitos de te dizer que eu te amo e que você é a minha vida, não precisamos nos casar agora, eu só quero que você saiba que eu te amo muito, que nada e nem ninguém pode nos separar. - Ele falou arfante segurando meu rosto entre as mãos, sorri abertamente.


– Eu também te amo, pra sempre, meu defeituoso garoto perfeito.


Falei o puxando pra mais um beijo.


– A propósito você é a noiva mais linda que eu já vi. - Ele falou sorrindo me encarando, eu ri meio corada.


– Obrigado. Hey, foi você que me ligou antes? – Perguntei enquanto ele pegava minha mão e caminhávamos entre as poltronas.


– Foi, eu estava com as mesma dúvidas que você, mas não tive coragem de te dizer.


Ele falou suspirando, sorrimos um pro outro finalmente saindo do velho teatro.


– E então topa tomar um sorvete?– Perguntou divertido, revirei os olhos.


– Está chovendo Justin.


E daí?– Falou me estendendo a mão, sorri abertamente concordando com a cabeça enquanto caminhávamos totalmente despreocupados e de mãos dadas pela chuva.


Fim?


Não, esse era apenas o nosso começo.




“Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.


Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.


Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.


Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.


Os frágeis usam a força, os fortes, a inteligência.


Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,


Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.


Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você AMA."


– Augusto Cury




Essa Fic nao é minha (:
Creditos: MelBieber

4 comentários:

  1. é a historia mais linda que eu já li, serio. to meio que paralisada ainda haha eu ameeeeei demais, você escreve muuuuuuuuito bem, parabéns, por tudo (:
    @elloiseee

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  2. Que lindaaa!!! Perfeita demaias *-* AAH to sem palavras.. Amei!

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