Latin Girl - 45º Capítulo

 Mordi meu lábio inferior, atender ou não, eis a questão. Olhei pro Pepe ele assentiu.


- o que você quer? - disse curta e grossa.


- aonde você está? quer me matar de preocupação? como vai embora assim sem mais nem menos?


-estou muito bem, obrigada. Preocupado comigo? agora você vem me dizer que esta preocupado comigo? Na hora de me dar as costas e sair com a vadia da Anny, você nem se quer deve ter lembrado de mim. - silencio - já se arrependeu da mensagem que me mandou? que pena. - silencio - aquelas palavras ainda doem. 


-não fui eu quem te mandou aquela mensagem. Foi a Anny. - ele disse um pouco mais alto.


- o legal é que você nunca faz nada. Com a Selena foi a mesma coisa, a culpa foi dela. - gritei em resposta, silencio.


- aonde você está? - ele perguntou calmo.


- bem longe de você. Te pessoa apenas uma coisa, não me procure. Preciso de um tempo pra pensar, organizar tudo na minha cabeça. - Pepe me olhou repreendendo. - estou no seu apartamento em NY - disse calma


- precisamos conversar - silencio - por favor - a voz dele falhou, como eu queria que isso tudo não passasse apenas de um terrivel pesadelo, e que quando eu acordasse Justin estaria do meu lado pra me acalmar e dizer que ele sempre vai estar comigo. Meus olhos já estavam cheios de lagrimas.


- vou estar aqui até amanhã - disse por fim e desliguei. Olhei pro Pepe, ele me olhava com cara de interrogação.


- que foi? - perguntei e ele sorriu fofo


- você ama mesmo ele não é? - assenti - e por que não o perdoa? 


- não é tão fácil assim. - ou é? 


- você ao menos vai conversar com ele? 


- se ele chegar aqui a tempo, sim. - disse dando de ombros. Terminamos de comer e eu fui arrumar a pia. 


- Pepe, você mora aonde? - perguntei me virando em sua direção, ele estava secando a louça que eu havia acabado de lavar. Senti uma tontura e me apoiei no balcão, quase caindo, Pepe que estava perto de mim veio rapidamente em minha direção, e me segurou pela cintura


- o que foi? - ele perguntou me fitando. Fiquei quieta, logo a tontura passou.


- nada, estou bem, foi só uma tontura. - disse e ele me olhou estranho - é sério to bem. - ele assentiu me soltando. Me sentei na bancada enquanto ele me fitava. Olhei pra ele semi cerrando os olhos ele riu e voltou a secar a louça.


- então, aonde você mora? - perguntei enquanto ele procurava pelo lugar aonde guardar as xícaras. - segunda porta a direita. - ele sorriu fofo em minha direção e foi até a mesma.


- moro a três quadras daqui - ele me respondeu voltando a pia e pegando as talheres e secando as mesmas.


- mora com quem? - perguntei e ele me olhou


- sozinho - ele disse e sorriu.


- me adota? - disse e o olhei meiga sorrindo fofa, devia estar parecendo uma criança pedindo doce. Ele começou a rir da minha cara. - para, to falando sério. Não quero voltar pro Brasil. Preciso de um lugar pra ficar por enquanto, só até eu arrumar um emprego e arrumar algum outro canto pra mim. - disse e ele me olhava como quem me analisava.


- se você prometer se comportar e me obedecer - ele disse fazendo cara de mandão. 


- prometo papai - disse e nós rimos. Ele terminou de secar tudo e nós fomos pra sala. - então, o que vamos fazer hoje? - tava tentando bolar um plano pra não ficar aqui. 


- qualquer coisa contando que fiquemos aqui. - ele disse e eu revirei os olhos.


- Peee, vamos dar uma volta, olha que dia lindo para ficarmos dentro de casa. - na verdade o dia não estava nada lindo, fazia frio e caia uma leve garoa lá fora. Ele cruzou os braços enquanto me fitava.


- Dia lindo? Frio e chuva. - me joguei no sofá, levantando as pernas pra ele sentar, ele sentou e me fitou. Como eu queria que fosse o Justin ali, me dando dando, como queria estar com ele agora, deitada na cama, assistindo a um filme bobo de romance, comendo fondue, fazendo planos para o futuro ou conversando sobre coisas bobas. Qualquer coisa que fosse com ele ao meu lado estaria bom. É incrível como as coisa mudam do dia pra noite. Justin mudou minha vida de uma maneira incrível, mais havia jogado tudo pro alto. Por que a gente tem que sofrer? Talvez seja porque nos iludimos de mais, esperamos muito de pessoas que não tem nada pra nos oferecer. A gente se engana ou você nunca sofreu por amor? se não, me ensine essa formula. Notei que Petter me olhava. - o que foi pequena? - ele disse se aproximando de mim, passou a mão sobre meu rosto. Notei que ele havia secado uma lagrima. Neguei com a cabeça, como se não tivesse nada acontecendo. Outras lagrimas vieram, logo eu estava afogada nas mesmas, de novo. - não fique assim - ele disse e me puxou pra si, me arrumei em seu colo. Era tudo que eu precisava agora, de um colo pra chorar. - sei que é difícil pra você, entendo que você não queria falar com ele hoje, mais acho que é o melhor a fazer. Ficar guardando isso vai te deixar pior ainda, diga tudo que você sente, tudo que te machucou. E escute, escute tudo o que ele tem a lhe dizer. Sem estresse. Mesmo você achando que ele está errado, mesmo seu coração estando em pedaços e sua vontade seja de não vê-lo por um tempo. - Pepe vinha sendo um grande irmão mais velho pra mim. Me sentia bem com ele. Eu ainda chorava. - chora, dizem que chorar faz bem, tira tudo isso ai que te faz mal, que te machuca. - Envolvi sua cintura com meu braço direito, em um meio abraço.


- Obrigada por tudo, desda quele dia que você me salvou daqueles tarados, até essas palavras de hoje. - não sei como estaria sem alguém aqui comigo.


- é pra isso que servem os irmãos mais velhos - ele disse e eu dei um leve sorriso. Ele afagava meus cabelos. Acabei pegando no sono novamente. 


Justin On*


Depois que a Bel desligou o telefone me derreti em lágrimas, como ela podia não acreditar em mim. Tinha vontade de matar a Anny, isso tudo é culpa dela. Sai d meu quarto indo até o da minha mãe, bati na porta, e logo ouvi um entra, entrei.


- liguei pra Bel - disse me sentando na ponta da cama, ela estava sentada na mesma assistindo algo qualquer na TV.


- onde ela está? - minha mãe perguntou, olhei para ela, que deve ter notado meus olhos vermelhos e vez um sinal me chamando para perto de si, fui até ela, e deitei minha cabeça em seu colo.


- ela disse que está no apartamento de NY, mais que ira ficar lá apenas até amanhã. - quem diria em? Justin Bieber, deitado no colo da mãe, chorando por amor. Não é porque sou um astro Pop que não sofro, que não amo, afinal sou um ser humano como qualquer outro. - eu preciso ir até lá mãe. Não posso ficar aqui, vendo ela partir, sem fazer nada, sabendo que eu não tive culpa de nada. Mesmo que ela não me perdoe, mesmo que ela não acredite em mim. Ao menos vou poder falar que tentei.


- Vá arrumar suas coisas que eu vou atrás do Scooter para comprar sua passagem. - me sentei,


- Você não vem comigo?


- não, é melhor você ir sozinho e se resolver com ela. - assenti e me levantei. Indo até meu quarto e enfiando tudo dentro da mala. 


[...]


Cinco horas e meia depois estava na porta do prédio.


Justin OFF*


Acordei na minha cama. Petter deve ter me deixado ali. Levantei e tomei um banho para mandar embora a preguiça. Senti novamente uma tontura forte, seguida de um enjoo, isso já estava me irritando. Coloquei um moletom,  afinal ficaria por aqui mesmo. Peguei meu secador de cabelo e fui até o banheiro para secar o mesmo. Quando terminei abri as gavetas que haviam em baixo da pia, a procura de alguma escola ali. Quando abri a ultima gaveta achei um pacotinho de absorvente. Paralisei na hora. Ok Bel, isso é coisa da sua cabeça. Guardei o mesmo aonde havia pego, e fui até a penteadeira para pegar a escova. 


Desci, atrás de Pepe mais não o achei, fui até a cozinha, onde tinha um delicioso lanche do Burger King . Meus olhos devem ter brilhado. Fui até o balcão, me sentando e comendo, notei que havia um papel dobrado peguei o mesmo abri e comecei a ler. 


" Tive que ir até em casa. Fui comprei esse lanche para você, não sabia se tinha algo para comer.. Não se esqueça do que te falei. Me ligue ou mande mensagem assim que conversar com meu ex-futuro-cunhado. - sorri- 


                                                      Beijos  - Maninho "


Terminei de comer arrumei o balcão e fui até a sala assistir TV. Ali fiquei um tempo. Olhei no relógio, 18h38. Escutei a campainha tocar, meu coração acelerou. 




Pronto minhas lindas *-* 
Awwn, amei os comentários. Obrigada por tudo *-* 
Peço desculpas se demorar pra postar o proximo capitulo, mais não to com muita cabeça pra isso (notasse pela briga do Jus e do Bel). =/ 
Espero que me entendam. Problemas amorosos acabam com qualquer um né? );


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